CEO da Shell, Ben van Beurden, reuniu-se com Michel Temer nesta terça-feira 27 e afirmou que o Brasil é um dos principais países de interesse para a petroleira investir e ter "parceria" com a Petrobras; encontro aconteceu poucas horas depois de o presidente da Petrobras, Pedro Parente, entregar a Temer o plano de investimentos da Petrobras para o período 2017/2021 e defender o fim da obrigatoriedade da participação da estatal na exploração da camada do pré-sal, o que beneficiaria diretamente as multinacionais, como a Shell
247 - O presidente da Shell, Ben van Beurden, reuniu-se nesta terça-feira 27 com Michel Temer e afirmou que o Brasil é um dos principais países de interesse para a petroleira investir e ter "parceria" com a Petrobras.
"Trabalhamos com a Petrobras há muitos anos e ela é uma empresa de classe mundial no que se refere à capacidade técnica e isso não mudou. É obvio que acompanhamos as manchetes sobre Petrobras e isso traz algum grau de preocupação, mas a grande pergunta era se a empresa conseguiria manter os investimentos e ela tem feito escolhas adequadas em seus programas de investimentos", afirmou Beurden.
O CEO disse que a Shell se tornou a maior sócia da Petrobras após comprar a britânica BG e anunciou que a empresa deverá realizar novos investimentos no Brasil nos próximos anos.
"Não temos um anúncio ou um pedido a fazer, só viemos sublinhar a importância do Brasil para a empresa. A indústria do petróleo tem um tempo de vida muito grande e os investimentos são feitos pensando no longo prazo", observou. "Tudo o que ouvi hoje dá suporte para um lugar seguro para investimentos", completou.
As declarações foram praticamente um agradecimento ao governo Temer por abrir o mercado do pré-sal, grande riqueza do País, o que beneficia diretamente as multinacionais como a Shell.
Pouco antes do encontro, Temer esteve com o ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, e com o presidente da Petrobras, Pedro Parente, que entregou a ele o plano de investimentos da estatal para o período 2017-2021 e voltou a defender a abertura da exploração do pré-sal para empresas estrangeiras.