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Publicado: 13/12/2016 | 354 visualizações

Segurança patrimonial em pauta; confira o vídeo

Os diretores do Sindipetro Bahia, André Araújo, Jairo Batista, Gilson Sampaio (Morotó) e Valter Paixão, participaram, no dia 20/09, de reunião com os gerentes da Segurança Patrimonial Nilton e Cristóvão Lopes, e  com a presença de coordenadores e supervisores desse setor para falar sobre diversos assuntos.  Confira abaixo o que foi tratado, a argumentação dos representantes do sindicato e a resposta da gerência:

- Reestruturação e remodelação das atividades de Inteligência e Segurança Corporativa.

confira o vídeo

O sindicato expôs a preocupação da força de trabalho em relação ao futuro da Segurança Patrimonial na Petrobrás e o risco de mudança do regime de trabalho dos Inspetores de Segurança Interna. Os gerentes disseram que não há, no momento, nenhuma proposta ou determinação de mudança do regime de trabalho, com retirada do Turno Ininterrupto de Revezamento e implantação do regime de sobreaviso.

 

Os diretores do sindicato mostraram que há a necessidade de transferência de ISIs dentre as áreas sob responsabilidade dessa gerência, com o objetivo de recompor os efetivos nas unidades. No caso da área de Fazenda Bálsamo foi cogitada a implantação do regime de sobreaviso, caso não seja possível completar o efetivo necessário para manutenção do regime de TIR. Já no TEMADRE, a redução do efetivo da Segurança Patrimonial orgânica foi uma decisão unilateral daTranspetro. Ainda sobre a necessidade de transferência de ISIs para recomposição dos efetivos, a gerência colocou que inicialmente negociará tais mudanças, porém, não havendo voluntários, usará critérios e efetivará os deslocamentos necessários para garantir a continuidade da atividade de segurança nas unidades.

 

Ainda sobre os ISI, o sindicato argumentou que, embora haja hoje uma garantia de manutenção dos ISI no regime de TIR, não há uma garantia perene. Vários ativos da Petrobras na Bahia estão sendo alvo da privatização promovida pelo atual governo golpista. Dessa forma, onde serão alocados os trabalhadores das "fatias" que forem vendidas? Os ISI devem se juntar à luta contra a privatização da Petrobras para garantirem seus empregos e seus direitos.

 

- Atuação Repressiva da Segurança Patrimonial durante os movimentos sindicais.

 

Durante a reunião, o sindicato repudiou veementemente, a atuação da Segurança Patrimonial, que tem agido de forma autoritária, arbitrária e até ilegal, durante as últimas mobilizações realizadas pelo sindicato e movimentos sociais.  Os diretores  pontuaram a desvirtuação das atividades de segurança durante os movimentos paredistas, quando Inspetores são coagidos a transportarem pelegos, comida e amostras de produtos, bem como alguns supervisores e coordenadores atuam como  "Oficiais de Justiça" entregando intimações para os sindicalistas ou realizam ações de "arapongagem" atuando como alcaguetes junto à Polícia Militar. Os sindicalistas afirmaram que “o que vemos é o despreparo dos atuais coordenadores e supervisores para lidarem com situações de embate entre os trabalhadores e a empresa”.

 

De acordo com o diretor André Araújo, a opinião da diretoria do sindicato é que falta inteligência e controle emocional para esses gestores, que agem na maioria das vezes como verdadeiros " capitães do mato" das gerências das unidades. Eles cobraram dos gerentes da Segurança Patrimonial a intervenção para mudança desse cenário e maior orientação e preparo dessas lideranças. Também foi cobrado o respeito às atribuições da Segurança, sem desvirtuação ou extrapolação dos limites legais.

 

Segundo a gerência os excessos cometidos não são orientação do corporativo e sim ações isoladas e que o objetivo da Segurança Patrimonial é garantir a segurança das pessoas e instalações agindo com rigor apenas quando for inevitável. Mas infelizmente não é isso que estamos vendo acontecer. Enfim, o Sindipetro Bahia vai continuar fazendo o seu papel de defender os interesses dos trabalhadores e isso, é claro, inclui a Segurança Patrimonial, que, em sua maioria, age de forma correta e respeitando os limites das suas funções e da lei. Lembramos também que esses trabalhadores não são paramilitares e possuem o direito constitucional de greve como os demais trabalhadores. Portanto, devem se somar à luta em defesa da Petrobrás.