Na segunda-feira, 19, Pedro Parente submeterá ao Conselho de Administração da Petrobrás sua proposta para o novo plano de negócios da empresa, que, segundo adiantou em entrevista ao Estadão, redefinirá a cada ano os projetos de investimentos prioritários, tomando como princípio a eficiência dos gastos.
Para isso, pretende manter até 2018 o ritmo acelerado de venda de ativos, mandando às favas os interesses nacionais para alimentar o apetite voraz do mercado.
“O que não faz parte do negócio principal da empresa, é venda pura e simples. Naquilo que faz sentido estratégico, a prioridade é parceria”, afirmou Pedro Parente ao Estadão, garantindo que “em cinco anos a Petrobrás terá virado a página”.
A receita é a mesma que aplicou na Bunge, quando presidiu a multinacional no Brasil entre 2010 e 2014. A reestruturação que ele promoveu levou a empresa a abandonar o mercado de fertilizantes, onde era uma das líderes do setor. Em um período de três anos, a Bunge vendeu todos os ativos (usinas, fábricas, distribuição), mesmo sendo o Brasil o quarto maior mercado de fertilizantes do planeta.
Apesar da economia do país estar a pleno vapor nos cinco anos em que Pedro Parente presidiu a Bunge, sua passagem pela empresa deixou um rastro de prejuízos, que só na área operacional resultaram em US$ 216 milhões negativos, entre 2013 e 2014.
É com esse histórico que ele quer salvar a Petrobrás? Se o seu plano de negócios for aprovado pelo Conselho de Administração, em cinco anos não sobrará nada da companhia. Vai ser de fato, uma página virada na história do país.
Fonte: FUP